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O artigo analisa a “reforma agrária assistida pelo mercado” (RAAM) do Banco Mundial, abordando a sua racionalidade, a agenda política da qual fez parte e os resultados da sua implantação na África do Sul e no Brasil. Após identificá-la ao processo mais amplo de atualização da agenda neoliberal articulado em meados dos anos 1990, o artigo discute o programa agrário do Banco e detalha os seus componentes, entre os quais a RAAM. Em seguida, resume tanto a crítica do Banco às reformas agrárias redistributivas do passado, baseadas na desapropriação de terras pelo Estado, como as supostas vantagens da RAAM. Também discute a intencionalidade política que orientou a sua implementação e analisa os resultados socioeconômicos e políticos da RAAM nos dois países.