25 de maio de 2023
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Após duas semanas de negociações tensas, a recente Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade COP15 terminou com um acordo histórico para orientar a ação global sobre a natureza até 2030. A Estrutura Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (GBF - sigla em inglês) inclui medidas concretas para interromper e reverter a perda da natureza, incluindo a proteção de 30% do planeta e 30% dos ecossistemas degradados até 2030.
Essa COP15 representou uma oportunidade importante para as lideranças indígenas pressionarem pelo reconhecimento de seus direitos como guardiães(as) da biodiversidade global. Enquanto alguns grupos indígenas temem que a meta de 30 por 30 possa ser usada para tirar suas terras sob o pretexto de conservação, outros disseram que a meta de 30% não é suficientemente ambiciosa e não garante a proteção da natureza. De modo geral, os povos indígenas concordaram em uma coisa: para que a conservação funcione para as pessoas e para a natureza, protegendo ambos dos fatores de perda ambiental, os povos indígenas devem estar no centro desses processos.
Além disso, na sessão de encerramento da COP15, as partes aprovaram um acordo para "reavaliar e expandir o papel dos povos indígenas, as comunidades locais e o conhecimento tradicional no processo da Convenção sobre Diversidade Biológica". Este webinário abordará se os resultados recentes da COP15 sobre biodiversidade reconheceram adequadamente os direitos à terra dos povos indígenas e como o conhecimento e os dados indígenas podem ser destacados, ouvidos e utilizados para melhorar a conservação da biodiversidade.