O projeto INSEhRE 21, em conclusão, versa sobre a inclusão sócio-espacial e habitacional dos refugiados na Área Metropolitana de Lisboa, reconhecendo as atuais tendências neoliberais paradoxais e as respostas transformadoras da sociedade civil organizada que procura melhores oportunidades e condições de vida. Tal ocorre no quadro pré/pós Covid-19, caracterizado pelo aumento de imigrantes em Portugal e sua capital. Assim, colocam-se questões em torno de dificuldades quotidianas, como as habitacionais e de cidadania, e sobre como a sociedade civil organizada reage a esses problemas transformando a esfera política e a vida urbana. Que alternativas propõe, que possibilidades fabrica, que futuro persegue? Visa-se, portanto, perceber como vivem os refugiados, identificar as mudanças operadas, quem e como as promove, e de acordo com que intenções e dinâmicas. Pretende-se ainda interpretar diferenças entre reformismo conciliatório e resistência radical para, em última instância, reconhecer uma mudança potencial, para um mundo intercultural e inclusivo, alinhado com a ideia original do direito à cidade. Em termos metodológicos, recorre-se ao pensamento crítico em arquitetura e urbanismo, cruzando-o com os estudos das migrações, operacionalizado pelo ativismo e pela investigação-ação. Aqui, destaca-se o papel da academia e dos (antigos) refugiados na promoção do diagnostico, da advocacia política e das respostas imediatas.