Comentários: Rita Serra (investigadora do CES-UC)
Sinopse: A monocultura dos eucaliptos é uma das principais causas do incêndio em Pedrógão Grande (Portugal) que em junho de 2017 causou inúmeras vítimas e a destruição de 53.000 hectares de área arborizada. A partir dos depoimentos dos sobreviventes e de um jornalista até à análise do engenheiro zootécnico e ambiental João Camargo, que com extrema precisão combina história, actualidade, botânica, climatologia e economia, em Deserto verde (2018; 59 min) são ilustrados os riscos ambientais e sociais de uma política florestal dedicada à monocultura. É por isso que a história daqueles que levaram a sua aldeia a uma reconversão em nome da biodiversidade se mostra ainda mais preciosa, procurando uma solução para a mudança dos paradigmas ruinosos e inadequados.
ParaDocma, de PARADigma, de DOCumentário e de DOgMA, é uma iniciativa que reúne vários grupos e organizações locais, um Ciclo de Cinema que dinamizar a cidade de Coimbra com o objectivo de promover o “estudo da casa”, neste caso, de criar diálogo sobre temas ecológicos prementes em diversos espaços da cidade de Coimbra. É um evento itinerante porque pretende divulgar os espaços associativos e os espaços públicos da cidade junto da população e, assim, conhecer os recursos materiais e imateriais locais existentes.
Esta é a sexta sessão da segunda edição do ParaDocma uma iniciativa organizada conjuntamente entre a Casa da Esquina, a associação Coimbra em Transição (CeT), o Cine Eco Seia e a Oficina de Ecologia e Sociedade do Centro de Estudos Sociais da UC, em colaboração com outras organizações locais. Temos o privilégio de ter o Cine Eco Seia, principal festival de cinema sobre ambiente em Portugal, como parceiro e de ter direitos sobre exibição livres de filmes premiados em Coimbra. Nesta edição, as sessões serão principalmente na Casa da Esquina e entre Janeiro a Junho de 2019 haverá pelo menos uma sessão noutro local e ao ar livre.
Local: Casa da Esquina (Coimbra)
Data: 28 de março de 2019, 18h30