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Esse artigo se propõe pensar de que forma pessoas, “almas” e “caboclos”, em suas diversas modulações, convivem e povoam o espaço de uma ilha situada no trecho submédio do rio São Francisco, no Brasil, a Ilha do Massangano. Por viverem numa ilha em meio ao semiárido nordestino, seus habitantes articulam a presença desses seres à força dos regimes das águas do rio e sua relação com o sem-fim da “terra firme”, atualizado ali no bioma da caatinga. Em oposição à terra firme, a ilha ela própria anda, movida pela força das correntezas do rio. Junto a terra da ilha, também caminham com sua gente algumas modalidades de espíritos, as “almas” e os “caboclos”, que estão “por aí”, no dizer, povoando certos lugares, aqueles que carregam “livusias”. Diante disso, procuro pensar como os mundos e suas povoações contidos na ilha são afetados pelo regime de transformações que a terra em que habitam vem sofrendo.