Autor:Jornal Nacional
Fonte:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/11/experiencia-no-acre-...
Uma experiência no estado do Acre para salvar a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, tem ajudado a reduzir o desmatamento e a combater o aquecimento da Terra.
Luzimar não cortava seringa há mais de 25 anos. “Eu tinha uns dez anos quando eu ajudava meu pai na floresta nativa”, afirma o produtor rural Luzimar Menezes Bezerra. Ele resolveu reflorestar parte da área de 85 hectares onde criava apenas gado. “Sempre era um sonho meu. A gente via em outros cantos o plantio e a gente via que tinha futuro”, conta Luzimar.
O incentivo veio com o programa Floresta Plantada, criado em 2010 pelo governo do estado. Mil e 700 famílias aderiram ao programa. Três mil e 300 hectares já foram recuperados. “O programa traz os serviços de mecanização, aquisição de adubos, mudas e capacitação”, diz o engenheiro agrônomo Jorge Henrique Garcia.
Em média, por hectare, cada produtor recebe R$ 15 mil em serviços. O programa é um dos projetos beneficiados pela lei estadual que apoia atividades ambientais que resultem na redução de emissão de gás carbono na atmosfera.
Em uma parceria com um banco de desenvolvimento da Alemanha, o Acre recebeu, nos últimos quatro anos, R$ 100 milhões. Dinheiro que financia, também, áreas abertas e utilizadas de maneira sustentável, que gera renda para pequenos, médios e grandes produtores, extrativistas e indígenas.
Toda uma área de três hectares, antes, era pasto, que agora deu lugar ao replantio de mais de 1600 seringueiras, consorciadas com outras espécies como o abacate, o cupuaçu, o açaí e também a castanheira. É a floresta renascendo.
A Amazônia responde por 60% do território brasileiro. É fundamental para vida, para o equilíbrio do clima do planeta e para economia. “Ela tem 20% da água doce disponível no mundo, ela é responsável 30 a 40% da chuva que cai no Sul ou no Sudeste do Brasil, chegando até o extremo sul da América do Sul. Então, ela tem funções fundamentais para o próprio desenvolvimento econômico”, afirma Alberto Tavares, diretor-presidente da Companhia de desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre (CDSA).