Segundo projeto, serão destinados 100 hectares de terras para cultivar milho, mandioca e outras culturas para serem comercializados em cinco feiras livres.
A maior reserva indígena de Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul, vai receber subsídio e orientação para produção de produtos orgânicos. O projeto da Secretaria de Agricultura Familiar vai preparar 100 hectares de terra para cultivar milho, mandioca e outras culturas para comercializar o excedente em cinco feiras livres na cidade.
A proposta tem o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e deve envolver 180 pequenos produtores rurais.
“Isso possibilita eles a ter um plantio e um acompanhamento nosso, juntamente com nossos agrônomos também”, afirmou o secretário Landmark Ferreira.
O produtor indígena Milton Garcia foi um dos selecionados para participar do projeto. Na área de pouco mais de um hectare ele sempre cultivou ramas de mandioca com a ajuda de uma associação da reserva que fornecia o tratorista e a máquina, mas precisava pagar o óleo usado.
No último ciclo colheu cerca de quatro mil quilos da raiz, cada quilo foi comercializado a R$ 1, com a despesas na tributação, teve uma renda de pouco mais de R$ 3 mil. Agora não vai mais gastar com impostos e nem combustível.
“Vai melhorar bastante porque ali a gente não vai colocar nada”, disse o produtor indígena.
Um mapeamento feito por satélite aponta em quais áreas serão plantadas. A ideia é terminar os trabalhos até o fim de agosto. Garcia não vê a hora de cultivar milho, mandioca e outras culturas.
“Nós estamos bem animados bem animados para plantar e colher”, disse.